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quarta-feira, 11 de junho de 2008

Não há motivos para ficarmos 'alarmados', diz Bernardo sobre inflação

Segundo ministro do Planejamento, inflação não está fora de controle.Brasil tem situação melhor do que outros países da América Latina e Europa, diz ele.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, avaliou nesta quarta-feira (11) que não há razão para alarmismo sobre o crescimento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,79% em maio deste ano, o maior valor desde abril de 2005.

"Acho que não há motivos para ficarmos alarmados, mas temos que ficar preocupados o tempo todo. A inflação não está fora do controle. Temos que acompanhar isso [crescimento da inflação]. Estamos muito melhores do que outros países da América Latina e da Europa", disse o ministro do Planejamento sobre o assunto.

Segundo Bernardo, o resultado do IPCA de maio mostra que avaliação feita dentro do governo está correta. "Estamos em um período de alta, com tendência de acomodação e até de diminuição no segundo semestre", disse o ministro.

Metas de inflação e juros

Em doze meses até maio, o IPCA, que é utilizado no sistema de metas de inflação, avançou 5,58%, segundo informou o IBGE nesta quarta-feira. Deste modo, a inflação anualizada está acima da meta central deste ano, que é de 4,5%.

No sistema de metas de inflação há, porém, um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, apesar de estar acima da meta central deste ano, o IPCA em doze meses até maio está dentro do intervalo de tolerância - cujo teto é de 6,50%.

Em abril e junho deste ano, o Banco Central elevou os juros básicos da economia em 1 ponto percentual, para 12,25% ao ano. O objetivo do BC é justamente de tentar controlar o crescimento dos preços. Há, entretanto, uma discussão sobre os mecanismos para controlar a inflação.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, argumenta que a inflação é resultado do aumento das 'commodities' - petróleo, alimentos e minérios e que, por isso, não seria necessário elevar tanto os juros. Para ele, o alto superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública) já estaria ajudando no controle da inflação.

Já Henrique Meirelles, do BC, prega aumentos preventivos de juros para não ter de elevá-los com maior intensidade no futuro, e subsequentemente afetar mais o crescimento da economia brasileira. Para ele, a elevação de juros é importante para manter um processo de crescimento sustentável para a economia brasileira.

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