A morte de mais três soldados nesta quarta elevou para 47 o total de baixas de abril.
O número é ainda bastante menor do que o verificado um ano atrás.
O número de mortes sofridas pelos militares dos Estados Unidos no Iraque atingiu em abril seu maior patamar dos últimos sete meses.
A morte de mais três soldados na quarta-feira elevou para 47 o total de baixas de abril, o mais alto desde setembro.Forças de segurança dos EUA e do Iraque travam há um mês duros conflitos contra militantes xiitas no populoso bairro de Sadr City, em Bagdá.
O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, que lançou uma ação repressiva contra a milícia Exército Mehdi na cidade de Basra (sul), um mês atrás, disse na quarta-feira que o governo desarmaria os combatentes por meio da força, caso isso seja necessário.Dois hospitais de Sadr City, a favela que concentra os combates travados em Bagdá, afirmaram ter recebido os corpos de 412 iraquianos mortos e que atenderam a mais de 2.400 feridos desde o final de março.Tahseen al-Sheikhly, porta-voz do governo, disse que a cifra de mortos era mais alta, superior a 900. Muitos dos mortos e feridos são civis atingidos no fogo cruzado.Do lado norte-americano, o número de baixas em abril é o maior desde setembro de 2007, quando 65 soldados dos EUA perderam a vida no Iraque, segundo dados oficiais registrados pelo icasualties.org, um site independente.O número é ainda bastante menor do que o verificado um ano atrás. Em abril de 2007, 104 militares norte-americanos foram mortos no Iraque."Perdemos três soldados na noite passada", afirmou na quarta-feira o major Mark Cheadle, porta-voz das Forças Armadas.No mesmo dia, Maliki reservou algumas de suas declarações mais duras dirigidas aos combatentes xiitas até agora, citando o nome do Exército Mehdi e comparando-o a grupos sunitas como a Al Qaeda. Segundo o premiê, todas essas organizações deveriam ser dissolvidas.Maliki estipulou quatro condições que as milícias devem atender caso não desejem ser atacadas -- desarmarem-se, parar de interferir nos assuntos do Estado, suspender a realização de julgamentos privados e entregar fugitivos procurados."A recusa em atender essas exigências significa que o governo continuará com seus esforços para desarmá-las por meio da força", afirmou o dirigente em uma entrevista coletiva. "Não há outra alternativa."Maliki, um político xiita, lançou a ação repressiva contra os combatentes leais ao clérigo xiita Moqtada al-Sadr no mês passado, em Basra.Após alguns reveses iniciais, a ofensiva de Basra parece ter conseguido expulsar os combatentes das ruas daquela cidade. Mas os milicianos ainda controlam grande parte de Sadr City.